Kátia, Cara Colega, você indaga sobre " retwO que leva as três revistas a defender o crime e atacar a @policiafederal?".
Suas mãos limpas, seu coração puro e ainda cheio de ideal não vislumbra tanto mal que há por trás de todo esse emaranhado, tanto pelas instituições que deveriam ser exemplo e sustentáculo para nossa seguridade, inclusive emocional, quanto pelo chamado "crime organizado".
Você não tenha dúvida do mar de lama que corre por debaixo dos nossos pés limpos. Não lhe reste qualquer questionamento sobre o comprometimento de autoridades, de todos os níveis, inclusive muitas de nossa mui amada Polícia Federal, com o crime, com criminosos, mormente com os criminosos de colarinho branco, com os que estabelecem e fazem leis, com os que as dispõem em julgamento e os que as fazem cumprir.
Há bandidos bem mais nocivos que "Fernandinho Beira-Mar" laborando diuturnamente ao nosso lado; há delinquentes muitas vezes mais perniciosos e iníquos que os chefes das organizações criminosas que mandam e desmandam em todos os níveis de poder, quer no crime que age nas ruas, na polícia que os deveria prender, nalguns que os julgam e naqueles que lhes deveriam manter sob o jugo da lei, com todo rigor.
Sabe quem sofre AVCs, infartos, padecente de insânia mental e pensa diuturnamente em cometer suicídio? Todos os que infelicitadamente são vítimas da lei má, dessa lei que mantém o Instituto da Revelia Penal, tão draconiano quanto o famigerado Decreto 59.310/66, tiranamente utilizado centenas, milhares de vezes contra servidores humildes que se não lhe dispuseram subservientes, então foram punidos sumaríssimamente administrativamente. Depois, como eu, acusados de crimes que não cometeram, foram processados e julgados à revelia, e condenados, restando o inferno de um antecedente criminal que angustia, enlouquece, mata um pouco a cada instante.
Aconteceu comigo, Minha Amada.
No Departamento, fui punido onze vezes, sumaríssimamente, por elementos sem escrúpulo, todos bandidos, criminosos vis. Graças a Deus, alguns hoje já sob os garfos em brasa de Satanás e seus demônios.
Fui punido e depois envolto em um PAD cujo único fim era legitimar-me a demissão.
Nunca estive presente em qualquer dos atos da Instrução em que ouvida a "Acusação". Jamais fui intimado, como me era direito, e quando sabia e insistia para estar ali, era retirado à força, pelos bandidos, serviçais do covarde que presidia aqueles famigerados e desumanos feitos. Insistindo em permanecer, era ameaçado de "prisão por desacato".
O PAD foi fraudado vergonhosa e ultrajantemente. Diversos crimes foram cometidos no seu curso e corpo, por autoridades de todas as instâncias administrativas, do estado e de Brasília, porque a Polícia Federal que eu imaginei séria, correta, íntegra, era constituída em sua grande maioria por delinquentes, criminosos, extorquidores de contrabandistas e de pais desditosos, vítimas da desgraça de ter um filho viciado num cigarro de maconha.
Só em Mato Grosso, muitos pais e famílias ficaram sem fazendas e bens, literalmente logrados por delegados de Polícia Federal, apenas para não terem seus filhos, apanhados fumando um cigarro de maconha, enviados para uma penitenciária, além de sofrerem o constrangimento que você imagina.
No meu caso, todos os elementos que me puniram tinham problemas graves, não apenas desvios de conduta, não apenas cometimento de simples infringências disciplinares, mas de crimes, alguns graves, inclusive de morte, muitos e das formas mais cruéis e sanguinárias.
Do crime que fui acusado e condenado "à revelia", era muito fácil constatar que eu não me achava "em lugar incerto e não sabido": bastaria consultar o TRE, o Banco Central, o Denatran, etc, então eu me defenderia, provaria a sua inexistência.
O irresponsável barnabé a quem coube minha citação agiu de má fé, com propósito instruído de constar não me localizar.
O pouco zeloso juiz deveria ter sido mais cauteloso, pois eram muito claros os sinais de que não atendidos os pré-requisitos para declarada a situação de "em lugar incerto e não sabido": além das citações que já fiz constar, Meu saudoso Pai residia na cidade, era o homem mais conhecido, além de minha saudosa Mãezinha em Fortaleza, numa casa que lhe comprei, mas o registro na Prefeitura e os quanto aos tributos na Secretaria da Fazenda eram em meu nome desde o início da década de 1970.
Faltou boa vontade, e eu não temeria dizer: houve a mão de algum dos vermes da Polícia Federal.
Não sei se otimista, mas parece-me que a nossa Polícia Federal começa a ser NOVA, começa a ter circulante em suas veias aquele SANGUE NOVO que nos impeliu a criar a revistinha que foi veículo das habilidades e sonhos de todas as Turmas, desde a Primeira em 1972.
Fui demitido "por contumácia na prática de transgressões disciplinares", mas você, apenas por minhas palavras, não tem dúvida de minha integridade moral, de minhas mãos limpas e meu coração tão puro quanto o seu e tantas e quantos de muitos bons Colegas, gente honesta, que faz a Polícia Federal com muita dificuldade, que a carrega nas costas, desde os dias primeiros, quando nossos plantões eram de 24 por 36 horas, quando nossas viagens eram sem diária e só comíamos à custa da Funai, Incra, IBC, DNPM ou uma xepa que nos davam em oblação nossos colegas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal ou nossos queridos Colegas da Polícia Rodoviária Federal, que inobstante exercerem atividade de Polícia, nem policiais eram; que apesar de nos ajudarem tanto, cedendo suas bases para nossas operações e nos darem o alimento que nos sustinha os corpos, ainda eram vítimas de delegados sem escrúpulo, que mandavam prender aqueles que "ousavam andar armados, pois não tinham porte".
Como prendermos nossos colegas, aqueles que nos eram arrimo, restaurante gratuito, café da manhã e até posto de combustível onde abastecíamos nossas viaturas, pois a Polícia Federal não tinha sequer verba para encher os tanques de suas velhas Brasília, Fusca, Veraneio, Toyota e Jeep?
O Ministro da Justiça, insigne brasileiro Doutor Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, titular da decana Pasta quando do governo FHC, sabendo de minha situação, envolveu-se tanto com minha história que, não tendo como ler a cópia de meu processo, fazia-o quando de suas viagens, no chão, sentado no carpete dos jatinhos em que viajava. Um dia, chorando sob a emoção de minha história surreal e dantesca, conversou com um jovem coronel do Exército Brasileiro sobre minha situação, indagando sobre como alguém era capaz de cometer tanta maldade contra uma pessoa humana. Aquele jovem Coronel, a quem eu conhecera ainda 1º Tenente e hoje aguarda promoção a General de Exército, ao saber se tratar de mim, não acreditou, e disse ser impossível aquilo ser verdade. O Senhor Ministro chamou um amigo seu, que também meu, e quis saber como eu era, com tantas desditas. Então, pra sua surpresa, soube de um homem sereno, que fazia questão de andar sempre bem apresentado, de roupas limpas, barba feita; que passava um dia inteiro sem comer, por não dispor com o que comprar, então se alimentava apenas com xícaras de café nas repartições por onde andava, mas não permitia que qualquer um soubesse do que vivia.
Incontinenti, Sua Excelência mandou fazer a Revisão de Ofício, Revisão Administrativa do PAD.
Só que a Polícia Federal ainda tinha em seus quadros muito daquele velho ranço, e foi exatamente um daqueles vermes que, nove meses depois de publicada a Ordem ministerial, se instaurou a Comissão. E ainda me intimou como parte do Processo Revisional, impondo-me o ônus de provar os vícios, o que absolutamente sem propósito.
Além de estarem ali, claros e indubitáveis os vícios NULIFICADORES ABSOLUTOS, à Administração é que os cabia rever, rever o ATO INÍQUO e ILEGAL.
Relatando os trabalhos, aquele bandido, JOSÉ CARLOS CHALMERS CALAZANNE, fez constar não identificado vícios no processo, também não os tendo eu provado.
A essa insânia e pouca vergonha se deram seguir advogados da União e todos os demais, inclusive o Ministro "da Justiça", Márcio Tomaz Bastos, aquele que já está do Inferno pra lá, que não teve escrúpulo em patrocinar "Carlinhos Cachoeira" e dele receber honorários de US$ 6 milhões, sabidos de origem suja.
Julgou improcedente a Revisão, mas recorri ao presidente da República, pois sua COMPETÊNCIA PRIVATIVA, em face de fui nomeado e demitido pelo Chefe do Executivo.
Os "adevogados" da União pareceristas, que tudo indica vendiam Notas e Pareceres a troco de moeda ou em favorecimento pessoal, seguiram a abjeta e "jumentesca posição", e continuo demitido. SOU POLICIAL FEDERAL, mas NÃO ESTOU, inversamente ao meu amigo piauiense e imortal da ABL, EDUARDO PORTELA, que Ministro da Educação, disse ESTAR MINISTRO, MAS NÃO O SER.
Já impetrei REQUERIMENTO AO PRESIDENTE MICHEL TEMER para que revogasse o ATO NULO e "BURRO" de seu Colega Lula, que julgou "improcedente a Revisão", haja vista que aquela se deu "de Ofício, Administrativa", e o ônus de fazê-la era da ADMINISTRAÇÃO, consoante o Artigo 114 da Lei 8.112/90. A mesma Lei diz que o JULGADOR "se aterá ao Relatório da Comissão, salvo prova em contrário dos autos". E este é o meu arrimo e direito: o Relatório da Comissão, como se deu em tudo que me atingiu historicamente, viola a Lei, padece de sustentabilidade, é ilegal, portanto não é bastante para a manutenção das escusas pretensões de continuar atingindo de morte o Servidor inocente, já tão vitimado pelo mal, com o que a Administração não pode conivir.
JáJKatia retweetou Katia"O que leva as três revistas a defender o crime e atacar a @policiafederal?
A certeza que há que muito melhor é saber onde está o crime, do que saber que há crime e criminosos infiltrados e agindo onde não deveriam, mas não são perceptíveis.
Hoje, Querida Kátia, tão cheia de ideais, lamento não ter-me bandeado para o crime assim que tomei posse, como fizeram alguns colegas, homens e mulheres. Estes foram demitidos com base no AI-5, mas ficaram ricos desde então. Cumpriram prisão, mas eram respeitados no mundo do crime e entre os colegas, a quem emprestavam dinheiro a juros. Com o advento da Lei da Anistia, receberam o beneplácito que dado a todos, de forma "ampla, geral e irrestrita". Hoje são aposentados, respeitados pelos colegas, sendo muitos dos quais membros de Sindicatos e Entidades de Classe.
Quem perdeu mais, eu, que acreditei na Lei e no Direito, ou aqueles, que debandearam para o lado marginal, mas hoje foram feitos CIDADÃOS?
Reze por mim. Peça aos seus que o façam.
Já sofri tantas patologias graves. Já sofri tantas intervenções cirúrgicas, assim como me há tantas sequelas e doenças graves, que nem sei se vale a pena isto que os médicos intitulam sobrevida ou se eu recebesse uma bala perdida de AR-15, de um bandido ou de um colega bandido, que é muito, bem muito mais pior.
GETÚLIO
Matícula 2.397.332